
Educação e Advocacia
Por Isabela Lessa Ribeiro
Educar é semear inclusão e muito sonho no caminho. Sempre soube que seria professora. Estou coordenadora de curso, estou vice-diretora Geral da ESA. Mas, sou advogada e professora. Sou professora por vocação. Uma apaixonada por educação e testemunha do seu poder transformador. Vivencio o quanto a educação transforma pessoas, como já nos alertava Paulo Freire, e pessoas, pessoas transformam o mundo.
Educar é inspirar; é aprender; é troca de saberes. É verbo, ação de mudança!
É dinâmico e intersubjetivo, pois a educação modifica todas as pessoas inseridas no processo de aprendizagem, sejam docentes ou discentes. Na verdade, muito além destes sujeitos das esferas de educação formal, pois a educação vai nos revolucionando, seja de maneira informal em nossos círculos de convívio; seja como aprendemos com a educação não formal, de toda intencionalidade educativa, mas sem a obtenção de graus ou títulos.
Após anos de dedicação à educação formal na sala de aula, com a árdua missão de gerar paixão por processo civil (disciplina técnica e não tão querida pelos alunos); depois com a experiência de coordenação do curso de Direito da Faculdade Nova Roma, e mais tarde contribuindo com a advocacia pernambucana na ESA: ficou irrefutável que nosso bacharelado não prepara para advocacia.
Somada a minha experiência foi com a gestão de projetos inovadores como a “Residência Jurídica” e depois o “Advocacia na prática” que ficou escancarada o quanto a graduação em Direito não nos habilita a construir networking, cooperação, eticidade, gerir pessoas, gerir pressão, gerir nosso tempo, sim, o fato é que nosso comportamental precisa ser melhor lapidado para o competitivo mercado da advocacia.
A advocacia nos demanda habilidades e competências muito além da técnica jurídica. Demanda o que há de mais humano em nós. Reforçou, também, a certeza, de que todo mundo tem algo a ensinar e algo a aprender e que “há que se cuidar do broto, pra que a vida nos dê flor e fruto”.
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